31 julho 2012

Mensagem do Sr. Exu 7 Catacumba


Salve suas forças!

Só um recadinho para vocês:

Esvazia toda a carcaça que você tem,

Esse peito, esse coração.

Esse ego. Cuide dele.

Esvazia, descarrega todo esse fardo, esse peso.

A humildade é leve.

A humildade é bem sensível.

O peso do orgulho arqueia toda as costas.

Pense bem as coisas que vocês carregam dentro desse coração,

Desta mente.

E os médiuns,

Quanto mais humildade tiverem, mais força terão.

Quanto menos quiserem crescer, mais crescerão.

Quanto mais valor interno buscarem, mais ganharão.

Olhem para dentro de vocês.

Não olhem para fora.

Procura acalmar o ímpeto de querer fazer revoluções extraordinárias.

O pouquinho que vocês fizerem de bom, vai repercutir neste espaço todo.

Muitos têm problema dentro do próprio lar.

E fica questionando porque não consegue solucionar.

Mergulhe dentro de você.

Procure as respostas, lá dentro.

Tire o véu da vaidade.

O véu do orgulho.

Quanto mais humildade tiver,

Mais fácil é viver.

Tire a máscara do rosto.

Pesada pelas desilusões da vida.

Melhore seu sorriso, sua vibração.

Vai ficar mais fácil caminhar.

Mais fácil viver.

Mensagem passada pelo Sr. Exu 7 Catacumbas, através de seu médium, Pai Francisco Graciano, em 24/02/11 atendimento espiritual, gira de Exu, sustentada por Oxum Apará e Xangô.

30 julho 2012

Umbanda e Catimbó;Pombagira e Mestra Maria Navalha


Alguns diziam que ela era mulher de vida fácil, porém ela sempre trabalhou muito para sustentar seu irmão doente mental. Trabalhou no cais, nos mais diversos bares, botecos e Bin bocas que já
existiu lá fez fama pelo seu temperamento rude e de difícil amizade, talvez, por sua vida humilde.
Logo após nascer seu irmão houve complicações com o parto, vindo a falecer a Mãe, uma mulher doce e dedicada aos seus filhos e marido. O Pai, um militar muito severo, não conformado, rejeita o próprio filho e foi aí que Maria Regina das Dores, mais tarde chamada de Maria Navalha, se pôs:
entre o Pai martirizado pela morte de sua amada e um filho que apresentava uma deficiência mental. Tudo isso a coagiu para uma vida de sofrimentos e angústias. Logo depois, o pai também se foi. Morreu de tristeza, pois não suportou a partida de tão doce mulher.
Após seu falecimento, eles tiveram que se mudar para um lugar muito humilde. Então, Maria Navalha, com seus 14 anos, começa entender que a vida para as mulheres na década de 50 não era tão fácil assim.
Trabalhou em casa de família, mas seu jeito meigo logo atraia os olhares maliciosos de Patrões sedentos de desejos e foi por um deles que ela acabou deixando-se seduzir. Com esse patrão, ela compartilhou 10 anos de sua vida, até que um dia ele se foi sem deixar nenhuma notícia. Ela que sempre foi contra a dependência, logo naquele momento voltava para a rua da amargura com seu irmão que sempre estava ao seu lado. Seu desvio mental em nada comprometia o carinho e afeto de irmão e amigo que ela sentia. Foram muitas as noites que ela se pegou chorando, sem ter o que comer, com fome e frio na rua. Até que um dia se mudaram para o porto, de onde sigo com minha história.
Não demorou e logo arrumou um emprego de garçonete em um prostíbulo. Ela era tão assediada que as meninas que ali ganhavam sua vida vendendo seu corpo se incomodavam com aquela bela jovem que agora já tinha seus 25 anos.
 
Em meio as várias pessoas que ali freqüentavam, apareceu, um homem negro, bem trajado, de terno de linho branco e com uma gravata vermelha que deixava um ar de conquistador. Ele, então, pediu uma bebida: “me da uma cerveja e meia minha querida” - disse aquele homem que tremia os olhares enquanto esperava. Em seguida, sacou de seu bolso um baralho com que ficou a cartear em cima da mesa provocando o olhar de muitos ali naquele local. Não demorou muito, chegou o primeiro querendo saber o que mais do que boa pinta o nobre negro vestido tinha a oferecer. Então, ele tirou seu relógio e disse: “tenho isso”. Era um relógio ainda de corrente, muito bonito por sinal. E
foi só com isso que ele depenou os pobres freqüentadores do local. Entre uma rodada e outra, seu olhar se virava para a Maria, doce, bela e bonita e ela correspondia com um sorriso de deboche, ao acabar com quase todos ali presentes e com o bolso cheio de “pataco” ele se levantou, como se é
de costume e pediu uma Parati (pinga) para finalizar sua noite. Ele nunca passava das 03:00 da manha. Eram ordens expressas de uma vidente. Então, tomou a Pitu, uma pinga que lhe dava ânimo para chegar a sua morada. Antes de sair, agradeceu à Maria e se foi.
Após algumas horas de sua partida, Maria, cansada por mais um dia de exaustivo trabalho, também foi se embora e ao passar por uma viela escura, um caminho mais curto, próximo a Av. Mem de Sá, se deparou com duas pessoas suspeitas, que tinham um olhar de maldade e cobiça. Nisso, ela apressou seus passos na tentativa de despistar aqueles homens estranhos. Quando ela sem esperar, outro homem a cerca entre as vielas, segura a em seu braço e lhe diz: “olá, bela moça.
Vejo que me viu perder tudo que tinha nos bolsos para aquele homem de terno e não quero mais perder, pelo menos quero você agora como uma recompensa pelo pataco perdido. Também vi que dava risada da minha má sorte ao lado daquele negro malandro!”.
 
Nesse instante, ela correu em direção ao outro lado da viela e lá estavam os dois que a estavam perseguindo. Sentindo–se sem salvação, começou a pedir para São Jorge, seu santo de devoção a quem sempre teve um grande carinho e fé, para que a socorresse. Como em um passe de mágica, mais do que depressa, veio aquele negro todo engomado, cheio de passos bonitos até pra andar e disse: “Boa noite seu moço, você diz que me conhece, tem razão de me conhecer, eu nasci de madrugada antes do dia amanhecer”.
















Me chamam Maria Navalha"

A Cura dos Vícios pela Rosa do Amor - mensagem de Dona Rosa Caveira

Falar em vício é falar de alguma coisa que a gente faz e repete habitualmente, mesmo sabendo que isso prejudica nossa saúde física, mental, emocional, moral e espiritual, além de atingir também as pessoas do nosso convívio. Todo vício gera alguma infelicidade na pessoa, na família e na sociedade.
Os vícios mais conhecidos estão ligados ao consumo abusivo de álcool e de drogas ilícitas, porque trazem danos muito visíveis. Seu uso habitual provoca desequilíbrios e doenças graves, algumas de longo prazo e outras mais imediatas.
O uso continuado do álcool traz danos para o corpo e a mente, perturbando o espírito. Pior de tudo é que pode ser consumido legalmente, está à venda em todo canto, e seu uso costuma ser bem tolerado pela sociedade. A intolerância só aparece quando o indivíduo já está dominado pelo vício, doente, incapaz de trabalhar e causando muito sofrimento para a família e os amigos. Nessa hora, quando ele mais precisa de ajuda, acaba sendo desprezado por todos, visto como um ser inferior, um fraco, “um cachaceiro”. Coisas da hipocrisia humana...
Hoje se fala muito das drogas ilícitas (maconha, anfetaminas, craque, heroína, cocaína etc.), cujo consumo abusivo cresceu muito entre pessoas de várias idades, desde os muito jovens até pessoas de mais idade. Muitos se deixam dominar pelo vício e acabam perdendo trabalho, família, amigos, tudo. Alguns até se entregam ao crime para manter o vício e passam a viver pelas ruas como verdadeiros farrapos humanos. Na maioria das vezes, infelizmente, só se fala disso porque os dependentes químicos (nome que os doutores de casaco branco dão pra esses doentes), indivíduos enfermos e desequilibrados, enfeiam as ruas, ameaçam a segurança das outras pessoas, são um “problema” que ninguém gosta de enxergar. E a coisa mais fácil de dizer é que “a culpa” é dos pais que não souberam educar, ou do governo que não dá oportunidades, ou então do próprio sujeito que é “fraco” e “vagabundo”. Mas nada disso resolve, é só varrer a sujeira pra debaixo do tapete. Coisas da hipocrisia humana...
Há outros vícios que a gente não reconhece, mas tem. Vício de falar mal dos outros, de julgar sem saber; de se preocupar demais, de reclamar demais; de ter muita pressa, ou de adiar demais; de se fechar demais, de exigir demais dos outros; de comer demais, de fumar demais, de trabalhar demais; de gastar demais, ou de acumular demais; etc. Estudar e acumular diplomas sem usar isso em benefício dos outros; acumular fortunas e ignorar as necessidades dos outros; usar do poder material para humilhar, explorar e massacrar os outros, tudo isso são vícios também que nascem da arrogância, do excesso de orgulho, do egocentrismo. Tudo que é “demais” é desequilíbrio e traz doença para o espírito, a mente e o corpo.
Sei que vão me perguntar: “Afinal, Rosa Caveira, aonde você quer chegar?”. Quero chegar num ponto que interessa pra todos. O ponto é que faz muito tempo que vivemos “pra fora”, pras coisas de fora. Essa é a maior causa dos desequilíbrios e dos vícios. Faz tempo que vivemos para coisas externas, juntando e acumulando coisas que ninguém vai levar para o túmulo (e é pra lá que o corpo da gente um dia vai...). Coisas que não fazem a diferença porque elas não estão servindo pra modificar o nosso interno, a nossa maneira de sentir e de pensar a vida. Esse é o pior dos vícios: a alienação...
Mas de onde nascem os vícios? Eles nascem de um vazio dentro da gente. Uma dor, tristeza, incômodo, medo, ou insegurança, uma coisa que precisa ser
preenchida... Para preencher esse vazio a gente precisa olhar pra dentro e descobrir de onde vem aquilo, e aí muitas vezes falta coragem e humildade... Então a gente quer “apagar” aquilo e procura se entorpecer, parar de sentir... Só que não dá! O nosso espírito não deixa de sentir, e o vazio aumenta... Tudo que a gente pensa e faz reflete no espírito e repercute no corpo, e vice-versa. O espírito sente as coisas que não são boas e manda sensações para o corpo, a fim de nos ensinar que aquilo é apenas uma ilusão, não é real. Se a gente não muda de pensamento e atitude, aí nasce o vazio, a alienação, a porta aberta para os vícios.
Esse vazio é a falta do Amor... E só pode ser curado pela Rosa do Amor que habita em nosso peito. E se ela mora ali, então a gente não pode aceitar outra coisa, é preciso pedir ajuda pra buscar “o remédio” verdadeiro, é preciso despertar a Rosa do Amor dentro de nós...
Quem tem amor por si mesmo também ama a vida e ama os outros, pensa na dor que causa a si e aos outros, não se entrega com facilidade aos vícios. Mas se cair vai pedir ajuda, vai buscar um jeito de se levantar, quer sempre aprender, melhorar, progredir, ajudar, colaborar. Cuida da Rosa do Amor e é cuidado por ela. Cria boas energias e recebe boas energias. Pode não saber, mas vive de acordo com as leis do espírito, que são eternas e perfeitas, então está seguro.
Já quem não liga pra si também não pode dar valor à própria vida nem aos outros. Vive de aparências, sem planejamento de alma, não acredita em nada além dos sentidos físicos porque duvida que seja merecedor de algo mais. Não compreende a dor do vazio e só quer fugir dela. Porém, quanto mais foge mais sofre, e mais se distancia de si mesmo. E mais se afasta dos caminhos de cura e libertação.
É preciso Amor para curar essa dor. Se não estamos conseguindo fazer isso, precisamos de ajuda. Pedir ajuda não é vergonha, é um jeito inteligente e saudável de querer ajudar-se! Estamos juntos na vida é pra isso! Ninguém é “perfeito”, todos nós precisamos de ajuda, em algum momento!
E todos podem se ajudar, e ajudar outros, com a oração. Pedindo à Divina Mãe do Amor e da Compaixão que nos envolva e proteja. Que desperte em nós o amor pela nossa vida e por tudo que temos: a saúde, a inteligência, a família, os amigos, o trabalho, a comida, a roupa do corpo, o berço que nos acolheu. E que nos dê coragem pra aceitar e enfrentar os desafios.
Não adianta juntar tesouros que não levamos para o túmulo. Mais vale cultivar a Rosa do Amor, que nunca morre. Ao contrário, ela cresce e se desenvolve em nosso coração no menor espaço que a gente consiga abrir para ela. Porque a Mãe da Compaixão, que é também Senhora da Rosa do Amor, habita em todos os lugares e o tempo todo. Mesmo quando a gente não está atenta e não vê, não percebe...
Quando um vício queira dominar nossa vida, é hora de buscar auxílio na Divina Mãe da Compaixão. Só Ela é capaz de regar e fazer florescer outra vez a Rosa do Amor em nosso peito.
A Divina Mãe da Compaixão não exige nada, Ela é pura Doação! Se você duvida, experimente. Pare um pouco, feche os olhos e peça a Ela que ilumine a Rosa do Amor em seu peito. Essa Luz vai curar o vazio, vai lhe dar uma vida nova, vai lhe dar entendimento, muita força e coragem pra vencer a si mesmo, pra enfrentar seus medos e inseguranças. Eu posso dizer, porque já passei por isso. Só quem muito errou é que pode compreender essas coisas...
Abra seu coração. Busque a Luz. Peça Paz. Peça para si e para os que estão doentes. Peça a bênção da Mãe Divina da Compaixão. Ela tem muitos Anjos, tem muitos Mensageiros que nos visitam, não importa onde a gente esteja. E eles trazem “remédios” de energias que fortalecem a nossa Rosa interior, para nos libertar do sofrimento.
Regada pelos Anjos da Mãe da Compaixão, a nossa Rosa do Amor floresce, cresce, e ocupa todos os vazios, pondo fim ao sofrimento.
Por isso, cuide-se bem. Queira ser feliz. Cultive a sua Rosa e deixe que ela cuide de você.
Olhe pra dentro de si, não se esconda dos medos, das carências, da dor que atormenta seu coração. Olhe e busque ajuda para curar-se.
E seja muito feliz, porque é isso que a Mãe da Compaixão quer para todos os Seus filhos.
Eu também lhe desejo isso porque já experimentei desse “remédio”, sei o bem que faz. Fique com meu abraço e conte com minha ajuda, sempre que precisar. Sempre em Nome e em honra à Divina Mãe da Compaixão e em Nome e em honra ao Divino Pai da Vida, a quem procuro servir com todas as minhas forças.
(25/07/2012.)

Escrito por Maria de Fátima
Fonte: Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil

O Bater Cabeça na Umbanda

O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.

O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões.


Podemos interpretar este ato como o reconhecimento da submissão do ser humano diante da onipotência da Divindade.


Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega bem como de humildade e agradecimento.


Na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos orixás, guias e entidades que são representadas pelo Congá (Altar).


Em algumas casas também se bate cabeça tanto nos pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques) como para os sacerdotes, sacerdotisas ou os mais velhos na religião.


Saudação Diante do Congá:


Peço Força ao nosso Pai Oxalá

Peço Benção aos Pais e Mães desta Casa
Saúdo minha coroa diante do Pai Maior
Salve!

Fonte: http://almaumbandista.blogspot.com/

27 julho 2012

Malandros na Umbanda


A Umbanda, religião brasileira, é uma mistura de vários outros cultos como o catolicismo, espiritismo, o culto aos Orixás e às religiões ameríndias, além do catimbó. Contudo, há de ressaltar que suas bases estão solidificadas no Evangelho de Jesus. Portanto, seus objetivos estão voltado para a caridade material e espiritual. Trabalha com Espíritos em diferentes faixas vibratórias e tem seus fundamentos em Mantras cantados e riscados.

Um ponto de discordância para muitos, é a enigmática figura de Zé Pelintra, que iremos analisar criteriosamente. Em muitos terreiros de Umbanda, ele é impedido de trabalhar, sobretudo nos esotéricos, que o chamam de espírito atrasado. O mesmo, dizem alguns em relação à Maria Padilha, aos Boiadeiros e Marinheiros. Tudo isso é fruto de ignorância daqueles que não os respeitam e não os conhecem, pois devemos lembrar que nossa religião é um entrada aberta para todos os que nela queiram praticar a caridade. Nõ nos cabe julgar ninguém, já que temos uma enorme trave em nossos olhos. O respeito ao ser humano, reencarnado ou desencarnado, é a base fundamental para o nosso progresso como espíritos em aprendizado constante.


O Zé que conhecemos, foi introduzido na Umbanda a partir do catimbó, culto praticado no Nordeste brasileiro, que se apóia bastante na religião católica, apesar de guardar um pouco das praticas pagãs, vindas da bruxaria européia. Ela pode se parecer um pouco com a Umbanda, mas, tem um pouco com o Candomblé. A semelhança com a Umbanda é devido ao trabalho com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do Catimbó possuem uma teatralidade de incorporação muito típica e discreta que está longe do "trabalho de palco" umbandista. Neste cenário, Zé Pelintra é um dos mestres desse culto. Poucos sabem, mas o mesmo teve vida na Terra. Nascido em Pernambuco, José Gomes da Silva, como era chamado, ainda jovem foi viver no Rio de Janeiro, onde frequentava a boemia do central bairro da Lapa.


Fez amigos entre a malandragem e bandidagem da época, sendo querido por todos. Perito em jogos de azar (baralho e dados) ganhava de todos os que ousassem desafiá-lo. Exímio no manejo de armas brancas, sempre estava pronto a defender os injustiçados, coisa que ainda faz, hoje em dia, só espiritualmente.


Assim, Zé Pelintra formou uma bela falange de malandros de luz, que vem ajudar aqueles que necessitam. Eles são as entidades amigas e de muito respeito, sendo assim, não aceitamos que pessoas que não respeitam a religião digam que estão incorporadas com seu Zé ou qualquer outro malandro, e façam uso de maconha ou tóxicos. As entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral e não visa. Entre os membros de sua falange, há: Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Zé Camisa Preta, Zé Mineiro, Zé Camisa Vermelha, Zé Camisa Listrada, Malandrinho,


Zé da Mata. Malandro da Baixa do Sapateiro, Malandro da Lapa, Malandro do Pelourinho, Malandro da Praia, Malandro da Zona Portuária, entre outros.


Os malandros vêm na Linha de Exu, mas não são Exus! Aderiram à Linha das Almas da Umbanda. São Guias luzeiros que são frequentemente encontrados em giras de Exu devido à afinidade com o sub-mundo e também por não haver comumente nos terreiros uma gira a eles dedicado. Zé Pelintra é considerado o "advogado dos pobres" Possui conhecimentos para curas de males físicos e espirituais. Devido a sua extrema simpatia é adorado quando baixa nos terreiros, canalizando para si a atenção de todos.


Tornou-se chefe da Linha dos Malandros, que compreende espíritos que tiveram vida nos morros cariocas, na boemia da Lapa, nos subúrbios cariocas, baianos e recifenses. Trata-se de um coringa, tanto incorporando na direita como na esquerda. Isto é, Seu Zé pode baixar em qualquer gira, tanto de Exu, como de Preto Velho, Mineiro, Baiano, boiadeiro, marinheiro e caboclo.


Há casos de trançamento, ou cruzamento com esses também, como por exemplo, Zé Baiano, Zé Boiadeiro, entre outros.


São entidades de Luz, carismáticas, e chegam nos terreiros de Umbanda, com seu samba ou capoeira no pé, seu cigarro na boca, chapéu de panamá de lado, com toda a ginga de um malandro. Ao contrário dos Exus que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas, esquinas e muito mais. Suas cores são vermelho e branco, ou branco e preto. Pra oferendas são recomendados camarões, carne seca com farofa, e outros petiscos servidos em bares. A bebida é a cerveja branca bem gelada. Salve a malandragem! Saravá Seu Zé Pelintra!



Autor: André Luiz P. Nunes

25 julho 2012

2 Anos de Saudades do Imortal Mestre (Zé do Zé)

O Blog Mariano de Xangó deixa sua Mensagem para o Inesquecível Pai de Santo José Jaime Rolim
                                           José Jaime (mestre Zé do Zé)  com suas Irmãs
                                                                José Jaime Rolim
Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
                                                  José Jaime (mestre Zé do Zé) com sua família
                                                    José Jaime (mestre Zé do Zé) Amigo
                                                José Jaime (mestre Zé do Zé) Pai de Santo
                                                         José Jaime (mestre Zé do Zé) Pai
                                                         José Jaime (mestre Zé do Zé) Avo
                                                    José Jaime (mestre Zé do Zé) Avo
                                                            José Jaime (mestre Zé do Zé)
                                                              JOSE JAIME ROLIM POLITICO

AMIGO DO PEITO

São aqueles que sentimos afinidades

Que nos despertam saudades

Que conhecem a nossa realidade!

Amigos do peito

São aqueles que se tornam especiais

Que se fazem essenciais

Nos ouvindo quando necessitamos falar

Nos calando quando necessitamos ouvir

Nos estimulando quando pensamos em desistir

Nos amparando quando achamos que vamos cair!

Amigos verdadeiros do peito

São aqueles que se entristecem com nossas derrotas

Que se sentem felizes com as nossas vitórias

Que caminham lado a lado na mesma direção

Sempre nos impulsionando

Quando a vida parece perder a razão

Amigos do peito

São amigos queridos,

Jamais esquecidos

E mesmo quando ausentes

Eles se tornam presentes

Porque estão bem dentro do peito

No nosso coração
Quantas saudades!

24 julho 2012

Banho de Ervas



Olá!
Como sempre Mãe Mônica nos traz bons textos e dicas!
É claro que nem todos concordam ou seguem as mesmas recomendações abaixo descritas, mas, de qualquer forma, a leitura sempre pode despertar algo que ainda não havíamos cogitado.
No ritual de Umbanda, banho de ervas é de fundamental importância e conhecer um pouco mais sobre o poder dessas nossas parceiras é algo fantástico!
O texto abaixo é apenas um exemplo do poder de atuação das ervas em nossa aura. Quando nos aprofundamos, porém, no estudo dessas maravilhas naturais, o universo que se nos descortina é inacreditavelmente maravilhoso!
Lidar com as ervas, ativar e despertar seu poder de cura, limpeza, proteção, etc., nos transporta, literalmente, ao seio da mata, renovando nossa energia e disposição para o enfrentamento diário de nossas vidas!
Recomendo a todos, Umbandistas ou não, que experimentem a deliciosa sensação que um bom e coerente banho de ervas pode causar!
Digo coerente porque existem ervas inadequadas para banho, como por exemplo, a comigo-ninguém-pode, que é altamente tóxica e nociva à saúde.
Nada como estudar um pouco sobre esse Universo fascinante que se encontra disponível a todos nós e de graça, pelo poder do Pai Criador!
Um abraço a todos!
Annapon

Axééé turma! Faz tempo que não falamos de banhos de ervas, não é mesmo? Sei que para algumas pessoas esse assunto já não é nenhuma novidade, no entanto, acredito que sempre é bom reafirmar a importância e ainda propiciar alguns esclarecimentos para aqueles que ainda não sabem o real valor de um banho de ervas.

Começo afirmando que para os médiuns umbandistas, banhos de ervas são fundamentais. Eles servem principalmente para limpar as energias negativas que estão impregnadas no corpo áurico, consequentemente, expelem influências de espíritos negativos. Ainda reequilibram e aumentam a capacidade mediúnica facilitando a incorporação e desobstruem os chacras ajudando a equilibrar o corpo físico e emocional. Obviamente que esses benefícios não são restritos a médiuns, mas a QUALQUER PESSOA.

Na Umbanda, especificamente, utilizamos ervas e flores em quase todos os rituais, inclusive nas giras e nas oferendas ritualísticas. Já os banhos de ervas são, de maneira geral, utilizados para que haja uma troca energética, é uma importante “ferramenta” natural que nos auxilia e nos proporciona enorme bem.

Certamente que o melhor banho é aquele que o Guia ou o Pai/Mãe Espiritual aconselha ou orienta, afinal, é importante ir de acordo com nossas reais necessidades, aquelas que muitas vezes não conhecemos ou entendemos. Sei que algumas vezes essas informações não chegam até nós e aí, precisamos buscar um pouco de conhecimento, alguns punhados de bom senso e uma pitada de intuição misturados com muita coerência e fé.

Lidar com erva e planta (ou mesmo com banho de erva) é extremamente complexo. Elas, penso eu, são como gente, cada uma tem uma preferência, uma forma específica de melhor viver, florescer, doar, ceder ou se defender. Elas possuem um jeito especial e particular de “falar” conosco e que, dependendo de nossa energia, também “respondem” de forma especial e particular; isso quer dizer que um banho de ervas, dependendo da energia pessoal de cada um, pode causar reações diferentes entre nós. Portanto, é importante ter boas orientações, ok?

Mas vale saber, existem algumas ervas e flores que são harmonizadoras e que não causam malefício algum, portanto, podem ser jogadas da cabeça (coroa) para baixo, inclusive nas crianças. Essas ervas/flores são: camomila, alfazema, rosa branca e sálvia.

E para aqueles que conhecem um pouco mais sobre ervas e Orixás, vale muito a pena unir a energia do dia da semana e do Orixá com as ervas, ou seja, aproveitar, por exemplo, terça-feira – dia da semana que é relacionado a Ogum - para tomar banho com ervas de Ogum. Um AXÉ todo especial no banho que se potencializa com nossa louvação e fé.

Vejam abaixo algumas ervas específicas aos dias da semana e aos Orixás, mas esclareço que dependendo da doutrina ou da tradição religiosa outras relações entre os dias da semana e os Orixás acontecem, por exemplo, existem terreiros que relacionam domingo com Nanã Buruque e outros ainda, com Oxalá, portanto, não esqueçam do bom senso, da coerência e da boa orientação.

Segunda-feira – Exu, Almas, Obaluaye – levante, folha de fumo, arruda, folha de figo. Importante tomar cuidado com essas ervas, elas são fortes e servem para descarrego, dessa forma, podem causar reações energéticas.

Terça-feira – Ogum – espada de Ogum, losna, aroeira, abre-caminho, jurubeba, São Gonçalinho, folha de manga, folhas de romã, samambaia, salgueiro.

Quarta-feira – Xangô – barba de velho, hortelã, erva de São João, lírio, urucum.

Quinta-feira – Oxóssi – acácia-jurema, samambaia, capim limão, guiné, alecrim, erva doce, eucalipto, manjericão.

Sexta-feira – Oxalá – boldo (tapete de Oxalá), narciso, hortelã, erva cidreira, eucalipto, alecrim, levante, alfavaca, girassol, avenca e manjerona.

Sábado – Iemanjá/Oxum – hortelã, lágrima de nossa senhora, rosa branca, boldo, avenca, folha de laranjeira, jasmim, alfazema, açucena, ipê amarelo, alfavaca, poejo.

Domingo - Linha das Crianças ou Ibejadas – levante, verbena, rosas, erva doce, guaraná, alecrim, trevo, folhas de anil.

E seguem mais algumas dicas legais que podem facilitar ou inspirar mais um pouco a prática do Banho de Ervas tão transformadora e benéfica para todos nós.

Os banhos de ervas secas devem ser preparados por infusão – ativar as ervas, colocá-las em um recipiente e derramar água fervente sobre elas. Tampar e deixar por 15 min. Coar e tomar o banho após o banho de higiene. Caules, raízes mais grossas e talos duros, como as espadas, devem ser fervidos por um período médio de 30 min.

Os banhos de ervas frescas devem ser preparados por maceração – colocar em um recipiente com água as ervas e macerá-las por alguns minutos, podendo aquecer levemente, coar e tomar o banho após o banho de higiene.

Os banhos normalmente devem ser preparados com números ímpares – com uma, três, cinco, sete ervas.

Potencializamos o Poder energético e natural do banho quando usamos águas naturais – como água de rio, chuva, cachoeira, poço, mar, etc.

BANHO NATURAL – são banhos que realizamos em sítios energéticos onde as energias estão em abundância. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os chacras superiores (coronário e frontal) localizados na cabeça. Aliás é uma ótima chance de naturalmente tratar da “coroa”, claro que se realizados em locais livres da poluição.

Dentre eles podemos destacar:

Banho de mar: Ótimo para descarrego e para energização – importante ser realizado em mar com ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.

Banho de cachoeira: com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa aura.

Banho solar: é todo banho tomado durante o dia, mesmo que esteja nublado (sem sol). A energia solar vitaliza e energiza, pois o sol fornece o “Prana” que alimenta nossa alma.

Banho lunar: é todo banho tomado à noite, desde que a Lua esteja descoberta (não pode haver nuvens). São os banhos que apresentam um aspecto magnético, frio, úmido e calmante.

Sei que parece estranho falar em ‘banho solar’ e ‘banho lunar’, mas a ideia aqui é se colocar sob o sol ou a lua com serenidade, consciente da intensa energia natural direcionando-a para o chacra coronário. É imaginar uma espécie de funil sobre a cabeça e permitir a entrada do forte magnetismo do sol ou da lua deixando-o percorrer o corpo com naturalidade e espírito de agradecimento. São apenas alguns minutos (15) de concentração leve, de respiração pausada e serenidade interna para se beneficiar dessa imensa energia, para sentir as melhoras internas e externas em todos os sentidos.

Enfim, espero que essas dicas sejam bem aproveitadas, pois “a diferença”, já é certeira.

Axéééé…

fonte: http://www.minhaumbanda.com.br/blog/?p=5606#more-5606

As Sete Forças Primordiais e as Sete Linhas da Umbanda


Planeta Terra

Planeta Terra

No Núcleo Mata Verde, seguimos uma doutrina umbandista chamada de Sete Reinos Sagrados.
Identificamos sete forças universais que são produzidas pelos sete reinos sagrados e que se manifestam na realidade física, etérica, estrutural e espiritual.
A componente física é a parte mais densa da natureza, a matéria, a massa.
A componente etérica é a resultante de todos os campos eletromagnéticos gerados pelas estruturas materiais existentes no universo, seja uma pedra ou o corpo humano.
A componente estrutural é o campo estrutural, o organizador das formas, formado pelos campos de natureza mental e emocional; o biólogo inglês Rubert Sheldrake chama estes campos estruturais de campos mórficos.
Recomendamos a leitura do livro: “A Presença do Passado – Rubert Shedrake” – Instituto PIAGET.
Finalmente a componente espiritual, que são as vibrações de natureza espiritual que tem origem nas inteligências extrafísicas conhecidas como espíritos.
O equilíbrio destas sete forças primordiais, em suas diversas manifestações (física, etérica, mental, emocional e espiritual) é o responsável, entre outras coisas, pela existência da vida humana.
Estas sete forças são conhecidas, dentro do ritual de umbanda, pelo nome em Tupi antigo.

São elas:

1)Tatá Pyatã – força Ígnea

2)Yby Pyatã – força telúrica

3)Ybytu Pyatã – força eólica

4)Y Pyatã – força hídrica

5)Caá Pyatã – força vegetal e animal

6)Abá Pyatã – força hominal

7)Angá Pyatã – força espiritual

Cada uma destas sete forças é vinculada a um reino, que dentro de uma estrutura didática adotada pela doutrina dos sete reinos sagrados, são fases da evolução planetária.

Para maiores detalhes sobre a formação planetária e os sete reinos sagrados, recomendamos os cursos oferecidos pelo Núcleo Mata Verde, pelo sistema de ensino à distância no site www.ead.mataverde.org

Focando nossa atenção na parcela espiritual destas sete forças primordiais, podemos identificar a existência de sete hierarquias espirituais vinculadas aos sete reinos sagrados.

Cada uma das sete hierarquias espirituais é formada por seres espirituais nos diversos estágios do caminho evolutivo que são: as mônadas espirituais recém criadas, os elementais, os elementares, almas grupos, encantados, espíritos encarnados, protetores, guias, santos, mestres, anjos e Orixás.

A este caminho evolutivo que se inicia na mônada espiritual, recém-criada por Deus, e encontra seu topo evolutivo nos Orixás Primordiais, chamamos deArapé – O Caminho da Luz; o caminho da evolução espiritual e que todos nós participamos.

Temos como princípio que os Orixás são seres espirituais da maior envergadura espiritual e que são os primeiros espíritos criados por Deus; por isso estão no topo do caminho evolutivo espiritual nunca se manifestam mediunicamente pois são pura luz espiritual, forças divinas.

Acima deles somente o criador!

Estes Orixás conhecidos como Orixás Primordiais receberam de Deus a tarefa de criarem, ordenarem, organizarem e manterem todo universo; são chamados algumas vezes de engenheiros siderais.

Sua atuação se fez presente na criação de nosso planeta e a cada um foi designado uma área da realidade cósmica universal.

Para cada um dos sete reinos sagrados existe um Orixá Regente, que não deve ser confundido com o Orixá Primordial, pois nem sempre o Orixá Regente é um Orixá Primordial.

São eles:

1)Reino do Fogo – regido por Ogum – a cor é vermelho

2)Reino da Terra – regido por Xangô – cor marrom

3)Reino do Ar – regido por Iansã – cor amarela

4)Reino da água – regido por Iemanjá – cor azul claro

5)Reino das Matas – regido por Oxossi – cor verde

6)Reino da Humanidade – regido por Oxalá – cor branco

7)Reino das Almas – regido por Omulu – cor preta

É possível relacionar os sete reinos sagrados com as sete linhas da Umbanda através dos sete orixás regentes:

1)Primeira linha – Linha de Ogum – regente é Ogum

2)Segunda linha – linha de Xangô – regente é Xangô

3)Terceira linha – linha de Iansã – regente Iansã

4)Quarta linha – linha de Iemanjá – regente Iemanjá

5)Quinta linha – linha de Oxossi – regente Oxossi

6)Sexta linha – linha de Oxalá – regente Oxalá

7)Sétima linha – linha das almas ou de Omulu – regente Omulu

É interessante observar que as sete linhas relacionadas acima foram apresentadas pela primeira vez em 1933 por Leal de Souza no primeiro livro a falar sobre a Umbanda, o nome deste livro é O Espiritismo, a magia e as sete linhas da umbanda de Leal de Souza, recentemente lançado pela editora do conhecimento.

Nesta ocasião ninguém falava em sete reinos sagrados, pois é um conceito novo apresentado pela primeira vez, na forma escrita, no livro Umbanda os Sete Reinos Sagrados de Manoel Lopes.

Também em 1941 no Primeiro Congresso Brasileiro de Umbanda, estas sete linhas foram oficialmente aceitas como as sete linhas da umbanda, o livro resultante deste primeiro congresso encontra-se disponível para download no site do Núcleo Mata Verde.

Embora não exista nenhuma ligação direta entre a doutrina apresentada peloCaboclo Mata Verde e a Umbanda da época de Leal de Souza, é importante chamarmos a atenção para esta grande “coincidência” existente entre as sete linhas apresentada pelo Caboclo Mata Verde e que tem seus princípios na formação do planeta Terra e as sete linhas apresentadas por Leal de Souza em 1933 e que tinham como fonte a observação empírica dos trabalhos espirituais realizados na Tenda Nossa Senhora da Piedade o berço da Umbanda.

Será somente coincidência?
Abraços,
São Vicente, 30/06/2012
Manoel Lopes

fonte: http://www.blog.mataverde.org/archives/513

Jornal Terra dos Orixás


No mês de agosto além dos nosos blogs Terra dos Orixas e Casa da Moças, teremos o Jornal Terra dos Orixás, que inicialmente será distribuído na região sudeste, mas nossa ideia é ampliar a distribuição para todo Brasil. Contaremos com 12 páginas para defender nossa fé, e buscar informar, pois assim poderemos mudar a consciência das pessoas, levando informação e cultura.

Em breve mais notícias!

23 julho 2012

Povo de terreiro de Pernambuco protesta na mídia contra as acusações de prática de sacrifícios humanos

Quilombo Cultural Malunguinho e Ilé Iyemojá Ògúnté reunidos para discutir acusações contra povo de terreiro no programa de Cardinot. Na foto: Sandro de Jucá, Mãe Lu Omitòógún, Alexandre L'Omi L'Odò e Bárbara Costa. Foto: Captura de Tela.

Povo de terreiro de Pernambuco protesta na mídia contra as acusações de prática de sacrifícios humanos

O Quilombo Cultural Malunguinho convocou o programa de Cardinot da TV Clube/Record (programa exibido em 16/07/2012) para prestar esclarecimento público e realizar defesa contra as acusações da mídia e da polícia referentes ao cruel sacrifício humano do menino Flânio de 9 anos do Brejo da Madre de Deus praticados supostamente por "pais e mães de santo". Gravamos o programa no Ilé Iyemojá Ògúnté, casa de tradição nagô dos netos biológicos de Pai Adão, em Água Fria/PE. Nós do QCM agimos imediatamente ao vermos neste programa a imagem das religiões de matrizes africanas e indígenas vilipendiadas vastamente pelas falas discriminatórias e infundadas dos atores do caso e dos apresentadores deste e também de outros programas sensacionalistas de algumas emissoras. O caso se tornou muito mais polêmico com o quebra de 7 terreiros e um templo do Vale do Amanhecer realizado por mais de 3 mil vândalos do local do crime.
Alexandre L'Omi L'Odò fala sobre o termo "pai e mãe de santo" e diz que no candomblé nem na jurema se pratica sacrifícios humanos. Foto: Captura de tela.

A população, influenciada pela mídia e pelo racismo histórico brasileiro, se rebelou de forma criminosa expulsando os sacerdotes e sacerdotisas da Jurema e do culto aos Orixás da cidade violentamente. Este fato envergonhou e escandalizou a todos nós membros de terreiros de todo Brasil. A gravação deste programa, foi apenas uma tentativa de amortizar os efeitos absurdos provocados na mentalidade dos homens e mulheres do interior do Estado de Pernambuco, e também da Capital. Tendo a maior audiência de seu horário, e assistido pelas classes menos privilegiadas da pirâmide social, utilizamos o espaço para tentar contribuir com informação de qualidade para que as pessoas entendessem o que acontecia... Sabemos que este não é o melhor dos caminhos a tomar, mas também foi um caminho válido e de amplo alcance para as pessoas que precisavam escutar algo à contribuir em seu entendimento individual sobre as religiões de matrizes africanas e indígenas, consequentemente na quebra de preconceitos. Entendemos que este e outros programas podem ser sim, instrumentos de informação ao povo, mesmo que seus editores manipulem da forma que desejam as informações e nossas falas de acordo com seus interesses. Demos uma entrevista de quase uma hora, com falas importantes e de acordo com o consenso nacional do povo de terreiro, infelizmente no programa só nos deram poucos segundos... Mas foi válido e importante sem dúvidas.
Sacerdotiza Mãe Lu Omitòógún defendendo a religião de matrizes africanas. Foto: Captura de tela.
Juremeiro Sandro de Jucá fala da importância da criança para o candomblé e para a Jurema. Foto: Captura de tela.

Com tanta violência e ódio retro-alimentado por estes programas, por membros de outras religiões que satanizam nossas práticas teológicas e, da despreparada polícia, tivemos que reafirmar em nossas falas que não praticamos sacrifícios humanos e que não somos adeptos de "rituais macabros nem de magia negra". A repercussão das falas foi completamente positiva, muita gente entrou em contato para elogiar, agradecer e pegar mais informações sobre os fatos.
Estudante Bábara Costa faz explanação sobre o que é a religião de matrizes africanas e indígenas. Foto: Captura de tela.

Infelizmente não consegui os códigos (embed) para postar os vídeos diretamente aqui no blog, mas os links estão em ordem para podermos ver como se deram as falas e a forma que o programa dirigiu o contexto de nossas reinvindicações coletivas. O link que mostra diretamente nossas falas é este: (http://www.cardinot.com.br/parte-4-o-caso-do-menino-de-9-anos-assassinado-em-brejo-da-madre-de-deus/), os demais links tratam da questão como um todo. É importante ver todos eles para podermos ter melhor conhecimento sobre todo fato e também observarmos a forma como nossa religião foi tratada pela mídia irrresponsável de Pernambuco que sequer questionou se os criminosos cruéis haveriam de ser de fato sacerdotes ou sacerdotisas de nossa religião afro indígena.

Assista ao programa:

1- http://www.cardinot.com.br/policia-procura-o-mentor-do-assassinato-do-garoto-de-9-anos-em-brejo-da-madre-de-deus/

2- http://www.cardinot.com.br/parte-2-o-caso-do-menino-de-9-anos-assassinado-em-brejo-da-madre-de-deus/

3- http://www.cardinot.com.br/parte-3-o-caso-do-menino-de-9-anos-assassinado-em-brejo-da-madre-de-deus/

4- http://www.cardinot.com.br/parte-4-o-caso-do-menino-de-9-anos-assassinado-em-brejo-da-madre-de-deus/

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com