29 novembro 2012

Convite: Homenagem a Yansã 2012



Pai Evandro de Ogum (Convite: Homenagem a Yemanjá e os Marinheiros 2012)


Meu Pai Xangô


Iansã Onira, a amiga de Oxum




IANSÃ ONIRA: A IANSÃ "DOCE"

Quando uma filha de Iansã não se identifica com as características mais comuns ao orixá, e se acha mais emotiva, sensível, chorona e maternal, quase sempre é Iansã Onira, já que Onira era um orixá independente, um meio termo ou combinação entre as características de Iansã e Oxum. Iansã e Oxum são orixás conflitantes e de certa forma antagônicos e isso se reflete nos relacionamentos dos filhos dessas duas orixás, mas Iansã Onira consegue conviver bem com Oxum, principalmente se for Oxum Opará (Apará).
Neste caso, Oxum acalma Iansã e Iansã incentiva Oxum.

e até mesmo as próprias cores - as suas são mais suaves e clarinhas, com tons de azul e rosa, muitas vezes coral e amarelo, diferente das cores fortes de Iansã como o vermelho. Nem por isso ela deixa de ser a guerreira, e de ser agressiva e violenta.

Onira ou Iansã onira é uma ninfa, como o é Iansã. Mas sua ligação é maior com o elemento água que com o elemento ar. Gosta menos de disputas e combates e também está fortemente associada ao controle sobre os eguns. Esse controle é mais condutor, maternal e protecionista que o controle supremo que Iansã Igbalé tem sobre os mesmos. Seus símbolos mais adequados são o atoris de Oxalá e o eruexim de todas as Iansãs.

As cores de Iansã Onira são o coral e o rosa, seu dias dias são segunda feira, quarta feira ou terça feira (junto com Oxum).
É a mãe de criação de Logun Edé, também se dá muito bem com Oxóssi

Portanto se você é filha de Iansã e se identifica com o que aqui foi citado, tem fortes possibilidades de Ser Iansã Onira.

Então quando vocês virem uma filha de Iansã e uma filha de Oxum verdadeirament amigas, companheiras e solidárias entre si, são:
Iansã Onira com Oxum em geral
Oxum Opará (Apará) com Iansã em geral
Iansã Onira e Oxum Apará - a combinação melhor!

Pomba Gira por Maria Quitéria



Bom dia moça... Que o amor esteja sempre a abrir os teus caminhos.

Hoje tenho um motivo especial para estar aqui. Quero que você escreva um pouco sobre nós, as Pombas Giras... Tão mal interpretadas e sempre tão requisitadas em trabalhos relacionados ao amor... Ou falsos "amores".

Diariamente tentamos ajudar humanos que se dizem sem forças porque foram traídos, abandonados e esgotados, que perderam seu amor, perderam seu rumo e estímulo e se perdem em abismos por viverem em função de sentimentos egoístas e vaidosos, quando o difícil é fazê-los perceber que este falso amor nunca lhes pertenceu, e sim o amor próprio que mora em cada um de nós, esse sim soma com outros amores, o que nos dá a sensação de termos encontrado um grande e único amor, o que realmente são, tão individuais como cada ser e sua natureza.

Nós, Pomba Giras, somos o verdadeiro e puro estímulo, onde atuamos na capacidade da mulher se auto sustentar, se auto afirmar em suas forças e belezas, estimulamos todos os sentidos obscuros que existe dentro de uma mulher e de um homem para que eles possam seguir suas caminhadas em busca de sonhos e ideais, ou pensas que só vocês mulheres precisam de estímulos?
Estimulamos todos os sentidos que façam com que humanos enxerguem e coloquem em práticas todas as virtudes existentes em sua natureza.

Por muito tempo fomos comparadas com mulheres de vida fácil, liberais, quando o incômodo está em nosso magnetismo de encantar, de conquistar e estimular todos os sentidos da vida, com uma gargalhada, com uma dança, com uma lição de amor... Mas não se encantes com tantos encantos. Sabemos e somos donas do sentido estimulador e podemos paralizá-lo quando assim for necessário e de belas e encantadoras mulheres, passamos a valentes guerreiras e guardiãs de nossos protegidos, ou quem possa vir a nos evocar na Lei Divina da Luz.

Se quiserem nos humanizar, tenham nós como as guerreiras, como as mulheres de frente que sempre se destacaram e lutaram por seus ideais, tenham a certeza de que estivemos a ampará-las, apenas para ativar seus sentidos e protegê-las para que pudessem realizar suas missões, única e exclusiva de desabrochar e chamar atenção de mulheres que já haviam se esquecido do que existe dentro de cada uma, seus sonhos e ideais, já as mulheres de vida fácil como dizem parecermos, essas sim são carentes de amor próprio, movidas por falsas ilusões e falsos amores, esse motivo maior de sermos procuradas e tão mais perto da realidade presente hoje entre vocês humanos.

Porque citar essas duas classes de mulheres que por tempo viraram uma e que são de um magnetismo contrário?

Porque são guerreira em descobrir sua própria natureza e não de querer descobrir a do próximo, são felizes com o que tem e o que são e isso se chama amor próprio.

Quando citamos as que vocês classificam de mulheres da vida fácil, é porque buscam incansavelmente por um amor fora de si. E o que buscamos, é fazer com que vocês possam enxergar que o amor não se busca em outros corpos, não se busca em grandes empregos ou em grandes amizades, tudo se soma para fazer do amor próprio ainda mais belo e fortificado, mas não traz e nem cria ele, nunca poderão ter um grande amor, enquanto não aprenderem a se amar, não serão bem sucedidos em grandes ou pequenos empregos enquanto não amarem o que fazem, vivam a amar o que fazem, o que buscam e o que são, vivam intensamente e atrairão o próprio magnetismo puro do amor até vocês e entenderão ou começarão a entender as mensagens que nós Pomba Giras buscamos passar...

Para nos evocar basta perceber e buscar o amor que mora dentro de si e para perceber o que sou e onde estou, basta olhar para as estrelas, verá sua luz e beleza, todo seu encanto e delicadeza, mas perceberá que ao seu lado mora um grande escuro imponente, basta observar uma rosa, seu cheiro, textura e encanto, mas não se esqueça, que se muito dela querer, desta linda flor se machucará com seu próprio espinho...

Pomba Gira Maria Quitéria

Salve tu moça!

Salve o Amor e a Lei!

Salve a Magia!

Salve as Pombas Giras de Umbanda!

Que a Divina Luz esteja entre nós...

Por Emidio de Ogum


24 novembro 2012

Exú Tranca Ruas das Almas


 Exú Tranca Ruas das Almas
Antes de mais nada queremos contar por que o nome que este chefe de falange tem o nome de Tranca-Ruas.
Disse ele: "na rua vive o homem sem lar; na rua vive o bêbado; a rua é o escritório do ladrão; na rua existe a droga e o vício; na rua está o desamparado; na rua vive a meretriz; na rua anda o desesperado; a rua é habitada por todos os marginais. Eu tranco toda esta infelicidade."
É alto, forte, veste uma camisa de seda branca, calças pretas, sapatos finos e de verniz, cabelos belíssimos, cacheados e castanhos bem claros, olhos azuis, às vezes cinzas, com os quais costuma encarar as pessoas ou adversários, de forma quase hipnótica.
Sua grande força vem do cemitério, especificamente da cruz das almas.
Seus protegidos têm uma força poderosa ao seu lado.
Tem relação direta com Ogum, razão porque todas as pessoas desta linha são, por ele considerados, seus filhos.
Por ser o Exú o espírito intermediário, ligação entre o mundo espiritual e o material, ele representa o equilíbrio.

Oração a Tranca Ruas
Por Adelaide Scritori
Faço reverência a vós mistério sagrado da criação,
Vós que SOIS a manifestação do divino,
Peço que nesta noite possa se manifestar entre nós,
CONFORME nosso merecimento.
No seu poder, na sua força, e na sua magnitude,
Pelo caminho tripolar que emana de VÓS,
Pelo caminho que só vós conheceis,
Pela força que só a vós pertenceis,
E pelo poder de trancar a VÓS concedido,
Eu peço:
Que as trevas que habitam em mim sejam trancadas,
Que o ódio e o sentimento impuro que emana da minha alma sejam trancados,
Que a falsidade que exala dos meus poros seja trancada,
Que o rancor e a miséria que habitam o meu coração sejam trancados,
Que a dissimulação e a superficialidade que nasce da minha língua sejam trancados,
Que o egoísmo e a maldade que transcendem da minha mente sejam trancados,
Que a palavra torta que sai da minha boca e o pensamento roto que sai da minha cabeça contra o próximo sejam trancados,
Que a capacidade que os meus olhos têm de amaldiçoar e destruir sejam trancados,
E assim, fonte primária da criação, assim que Trancar a tudo isso no seu âmago, pois é na vossa essência que tudo isso se desvitaliza, peço a VÓS que:
Destranque todas as portas do meu caminho,
Destranque todas as passagens da minha jornada,
Destranque toda prosperidade material e espiritual,
Destranque o meu coração das amarguras,
Destranque o meu sustento de cada dia,
Destranque os meus corpos espirituais e o meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que me assolam na calada da noite,
Destranque o meu emprego, o meu negócio e a minha morada material,
Destranque o martírio familiar pelo qual eu tenho passado,
Destranque os meus olhos para as maravilhas do mundo espiritual,
Destranque a minha liberdade!
Pois vós, Força Sagrada do Divino Criador, é o portador supremo da Vitalidade!
Salve o Mistério Tranca-Ruas!!!
Colaboração: Luiz Antonio Divardin

Alguns pontos riscados do Exú Tranca Ruas:
Exú Tranca Ruas das Almas
Exú Tranca Ruas da Encruzilhada
Exú Tranca Ruas do Cruzeiro
Exú Tranca Ruas do Luar
Exú Tranca Ruas Pequenino
 


Pontos da Entidade
Ponto de Chamada
1. O sino da igrejinha     |
Faz belém, blem, blom   >

     Deu meia noite o galo já cantou
     Seu Tranca-Ruas é o dono da gira
     Oi corre gira que Ogum mandou

2. Quem é que desceu do reino, quem é?
Ele é Tranca Ruas das Almas, ele é

3. Quando o galo canta
As almas se levantam e o mar recua
É quando os anjos do céu dizem amém
E o pobre do lavrador diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia          |
Seu Tranca Ruas diz aleluia >

4. Está iluminando a sua banda
Está cheirando flor em seu Congá
Seu Tranca Ruas um pedido eu lhe faço
Me abre as portas
Ilumina os caminhos por onde passo
5. Seu Tranca Ruas
Me abra os meus caminhos
Que me foi trancado
Pelo povo pequenino
Saravá o Sol, saravá a Lua
Saravá a Rua, saravá Seu Tranca Ruas
Seu Tranca Ruas
Nas forças da mata
O seu Congá tem segurança
É nas tronqueiras que ele gira
É meia noite que o galo canta

6. Chegou na canjira de Umbanda  |
Seu Tranca Ruas                          >
Quem está de ronda é meu Pai      >
Seu Tranca Ruas
Me cubra com sua capa
Quem tem sua capa escapa           >
A sua capa é um manto de caridade
Sua capa cobre tudo
Só não cobre a falsidade

MENSAGEM DO EXU TRANCA-RUAS DAS ALMAS

O Exú Tranca Ruas das Almas chamou um capitão-de-terreiro e ordenou-lhe:
"Depois da meia-noite, vá sozinho no cemitério, acenda sete velas vermelhas e sete pretas, ponha no centro uma garrafa de marafo, beba metade dela e fique na frente até todas as velas apagarem."
O capitão, sem nada perguntar ou questionar, nem mesmo saber por que a determinação, de pronto perguntou:
"Deve ser hoje ou pode ser amanhã?".
Demonstrando imensa satisfação o Exú sentenciou:
"Não precisa fazer nada, meu filho. Estava apenas testando tua fé. Você é um verdadeiro umbandista, cumpridor de ordens".

22 novembro 2012

IMAGENS DA CASA DE JUREMA "MESTRE CARLOS"

A Casa de Jurema Mestre Carlos que tem a frente o respeitado Mestre de Jurema Melquesedec,  hoje realiza o seu culto na comunidade do Comum em Extremoz/RN.

 





Salve a Jurema Santa e Sagrada!


21 novembro 2012

CARGOS CANDOMBLÉ KETU/NAGÔ


  • Olóyès , Ogás e Àjòiès
  • Iyalorixá/Babalorixá: Mãe ou Pai em Orixá, é o posto mais elevado do ILê; tem a função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorixás.
  • Iyaegbé/Babaegbé: É a conselheira ou conselheiro responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto somente dado a egbomis muito antigas.
  • Iyalaxé: Mãe do axé, a que distribui o axé. É quem escolhe os Oloyes de acordo com as determinações superiores.
  • Iya kekere ou baba kekere: Mãe pequena e Pai pequeno do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê, substituto evenual da Iyá ou Babalorixá.
  • jibonan: o cargo de jibonã (ji- dar/bí-nascer/onã-caminho — “dá caminho ao nascimento”,é a mãe ou pai /que cria e são responsáveis pela reclusão do iyawo.
  • Iyamoro: Responsável pelo Ipadê de Exú. Junto com a Agimuda, Agba e Igèna.
  • Iyaefun/Babaefun: Responsável pela pintura dos Iyawos.
  • Iyadagan: Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan.
  • Iyabassé: Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxiliá-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual.
  • Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro.
  • Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos em obrigações de “cantar folhas”.
  • Aiybá: Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi.
  • Ològun: Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê.
  • Oloya: Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya.
  • Mayê: Mexe com as coisas mais secretas do Axé, ligadas a iniciação do Adoxú.
  • Agbeni Oyê: Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa.
  • Olopondá: Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto ligado a Oxun.
  • Kólàbá: Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo.
  • Ajimuda: Ajuda a Yamoro com o Ipadê de Exú. Titulo usado no culto de Oya e Geledé, também é um cargo que cuida da casa de Omolú.
  • Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.
  • Iyasíhà Aiyabá: é quem segura o estandarte de Oxalá.
  • Sarapegbé: Mensageiro de coisas civis e de awo.
  • Akòwe: É a Secretária da casa da administração e compras.
  • Babalossayn: Responsável pela colheita das folhas. Cargo de extrema importância.
  • Axogun: Responsável pelos sacrifícios, Ogan de Ogun. Não pode errar. Responsável direto pelos sacrifícios do ínicio ao fim do ato. Soberano nestas obrigações, é quem se comunica com o Orixá para quem se destina a obrigação, transmitindo à Iyalaxé as respostas e mandamentos. Deve ser chamado de Pai. E também possui sub-posto Otun e Osi.
  • Ogalá Tebessê: Dono dos toques, cânticos e danças. Trabalha em conjunto com o Alagbê, possui sub-posto Otun e Osi.
  • Iyá Tebexê: responsavel e porta voz do Orixá patrono da casa.
  • Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos Ilùs, os instrumentos musicais sagrados. Se um autoridade de outro Axé chegar ao Ilê, o Alagbê, tem de lhe prestar as devidas homenagens “dobrar o Ilù”. Também possui sub-posto Otun e Osi.
  • Alagbá: Ambito civil do Axé.
  • Àjòiè: Camareira do Orixá. O mesmo que Ekédi.
  • Ojuoba: Posto de honra no Ilê Xangô e possui sub-posto Otun e Osi.
  • Mawo: Grande confiança.
  • Balógun: Título ligado ao Ilê Ogun.
  • Alagada: Ogan que cuida das ferramentas de Ogun.
  • Balóde: Ogan de Odé.
  • Aficodé: Chefe do Aramefá (6 corpos) ligado ao Ilê Odé.
  • Ypery: Ogan ou Àjòiè de Odé
  • Irànsé- iyá responsável pelo ronkó e o iyawo.
  • Alajopa: Pessoa de Odé, que leva a caça para ele.
  • Alugbin: Ogan de Oxalufan e Oxaguian que toca o Il¦ù dedicado a Oxalá.
  • Assogbá: Ogan ligado ao Ilê Omolú e cultos de Obaluaiye, Nanã, Egun e Exú.
  • Alabawy: Pessoa que trabalha na área jurídica e que cuida dos interesses civis do Axé.
  • Alagbede: Pessoa que trabalha no ramo de ferro e metais e forja as ferramentas do Axé.
  • Elémòsó: Ogan ou Àjòiè de Oxaguian, ligados ao Ilê Oxalá etoda sua edumentária.
  • Oba Odofin: Ligado ao Ilê Oxalá.
  • Iwin Dunse: Ligado ao Ilê Oxalá.
  • Apokan: Ligado ao Ilê Omolú.
  • Abogun: Ogan que cultua Ogun.
  • Iyá Otun / Babá Otun: braço direito do zelador, pessoa de confiança do zelador.
    Iyá Osí / Babá Osí: braço esquerdo zelador, pessoa de confinça mdo zelador.
    Asògbá- Homem responsável pelo quarto de Omolú.
    Axopí- cargo do Ogan da casa
    Obs: Todos os cargos são intransferíveis, uma vez dado através da confirmação no jogo de Orunmilá e o Orixá da casa, não podem mais serem retirados, os cargos são vitalícios e confirmados em orô interno, só podem serem substituídos na morte da pessoa.Existem cargos transitórios dados pelos zeladores e não estão aqui descritos.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA EM SÃO PAULO

O Grupo Umbandista Cristão Yonuaruê esteve visitando ontem (20.11) o Parque da Juventude (Zona Norte de SP), durante as comemorações do Dia da Consciência Negra.

Mais do que um simples feriado, tivemos a oportunidade de ver manifestações culturais de todas as vertentes da cultura negra... histórias dos orixás voltadas para o público infantil, apresentação de congadas, samba de roda, capoeira, maculelê, etc...

Parabenizamos a Secretaria do Estado da Cultura, a Organização Social de Cultura Abaçaí, a Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias (ACGE) e todos os órgãos públicos que ali estiveram, pela organização e qualidade dos artistas que se apresentaram. 
Axé!!





 

20 novembro 2012

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Dia da Consciência Negra
História do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira, importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares, 20 de novembro

Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro


História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 

A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 

Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

Tecidos africanos


Bordado realizado em tecido de algodão (7 pontos/cm).
Tamanho aproximado dos bordados acabados: 14 x 20 cm
.

   
Tissus d'Afrique 1 (130x153 p) - Tissus d'Afrique 2 (130x148 p) - Tissu d'Afrique 3 (130x148 p) - Tissu d'Afrique 4 (130x148 p)

 
Tecido M (85x97 p) - Tecido N (102x150 p)


   
Tecido I (101x149 p) - Tecido J (95x148 p) - Tecido K (104x144 p) - Tecido L (100x151 p)

   
Tecido E (93x121 p) - Tecido F (88x126 p) - Tecido G (83x135 p) - Tecido H (98x149 p)

   
Tecido A (97x150 p) - Tecido B (89x153 p) - Tecido C (101x150 p) - Tecido D (95x140 p)

Os tecidos africanos

 
Tecido à esquerda: Roupa de homem nobre. Motivos bordados na parte central
e aplicações em volta. Rafia. A direita: Tecido feito com casca de ávoe batida.

A África negra tem uma longa tradição textil, onde a variedade de materiais é tão grande quanto os estilos encontrados. Utilizados como roupa, os tecidos serviram também de moeda, foram utilizados como mensageiros e objetos estéticos. Diz-se com frequência que os Africanos eram mais escultores que pintores : os tecidos podem ser considerados, na África, substitutos da pintura.
Os primeiros "tecidos" foram realizados com casca de árvore batida; muito difundidos antigamente numa grande parte do continente, eles são encontrados atualmente sobretudo nas populações da África central, onde são, na maioria das vezes, decorados com tintas vegetais. A tecelagem só foi desenvolvida bem mais tarde, a partir do século 11, mesmo se tecidos ricamente trabalhados já eram importados dos países da África do norte, do Egito e da península arábica para vestir as populações das grandes cidades portuárias das costas orientais assim como os membros das classes nobres dos reinos do deserto do Sahel. Nesta mesma época, a expansão do islã, introduzindo novos códigos vestimentários, desempenhou um papel importante no desenvolvido que sofreram os tecidos, sobretudo na África ocidental.
Os tecidos de fabricaçã local constituíram durante muito tempo bens raros e preciosos; marcas de poder e de riqueza, reservados a uma elite, eles foram integrados como moeda para troca, graças aos quais era possível estimar o preço de uma mercadoria e comprá-la. Desde sua chegada nas costas do continente, no século 15, os traficantes europeus exploraram as possibilidades comerciais que ofereciam esta nova "moeda" e encorajaram indiretamente a produção textil local devido à sua utilização.
A quantidade de tecidos detidos por cada família foi considerada durante muito tempo uma marca de riqueza e de poder em muitas sociedades africanas. Nas regiões onde o islã se instalou, como em todas as outras regiões onde o tecido se transforma em hábito vestimentar, a metragem e o peso do produto são proporcionais à fortuna e ao poder daquele que os possui: se este faz parte das pessoas influentes da comunidade, chefe político ou grande comerçante, sua numerosa corte que o segue quando ele sai deve ser como ele, enrolada em abundantes tecidos.
O poder se mede também na possibilidade de dispor de seus bens e de distribui-los e, entre eles, os tecidos constituem presentes excepcionais. Dar tecidos como presente possibilita a solução de inúmeros conflitos e libera as tensões. Esses presentes são feitos em momentos importantes da vida de cada um (maioridade, casamento, nascimento dos filhos). A ascensão social ou religiosa ou o pagamento de serviços não pode acontecer sem a distribuição de tecidos. Para manter boas relações com a família, os amigos, os vizinhos, para ser admitido numa seita, cada pessoa é incitada a dar tecidos e a recebê-los. A posse de uma grande quantidade de tecidos aumenta o prestígio do seu proprietário, o que lhe possibilita uma maior participação na vida comunitária, onde o princípio da dívida é a base de toda relação social e econômica.
Mas o tecido não é somente moeda ou roupa: ele representa também, de acordo com seu estampado, uma espécie de texto onde podem ser "lidas" a identidade social e religiosa daquele que o usa: a decoração, seja ela impressa, tingida, pintada, tecida ou costurada, representa os espaços, os objetos, os seres e as metamorfososes presentes na mitologia. Por este motivo, os tecidos têm um papel importante na vida ritual: os mortos, mesmo no seio de sociedades que não possuem tecelões, são vestidos ou envolvidos em tecidos, tornando-se assim protegidos pela palavra dos vivos.

Personagens africanos
Bordado realizado em tela de algodão 7 pontos/cm
   
Personagem 1 (48x84 p) - 2 (49x74 p) - 3 (110x148 p) 4 (56x68 p)
   
Personagem 5 (36x112 p) - 6 (31x85 p) - 7 (83x121 p) - 8 (70x124 p)
   
Personagem 9 (82x126 p) - 10 (80x117 p) - 11 (97x139 p) - 12 (101x148 p)
 
Personagem 13 (44x102 p) - Personagens (168x206 p)

Bordado em ponto cruz realizado em tecido 7 pontos/cm

"A ciência é como o tronco de um baobab que uma única pessoa não pode abraçar" (153x89 p)

"Os defeitos são como uma colina: você escala os seus e, lá de cima, não vê os dos outros" (185x101 p)

"O que você dá aos outros, você dá a si mesmo" (198x76 p)
http://www.anniecicatelli.com/tecido1.htm